26 outubro 2006

Pequim - Praça Tian An Men

Neste dia não se podia entrar na maior praça do mundo, reservada ao acolhimento do presidente francês, Jacques Chirac. Apenas um dos pontos da intensa actividade diplomática deste país, que incluía, nos mesmos dias em que por lá andámos, a Cimeira China-África, uma comemoração da Cimeira China-ASEAN (para falar só das mais destacadas). No mesmo âmbito encontrámos, a assistir ao espectáculo de acrobacia, uma numerosa delegação de países lusófonos que por lá andava, há muitos dias, por vários pontos do império, com tudo pago pelo governo chinês (Ministério do Comércio). (Só faltou S. Tomé e Príncipe, que tem relações com a Formosa, mas que mesmo assim tinha sido convidada.)


As fotos ilustram pormenores da Praça de Tian An Men. Lá está o retrato gigante de Mao. Um dos enigmas do século XX (ou, pelo menos, algo que dele ficará para estudo futuro) é a persistência de alguma esquerda em admirar grandes tiranos, entre outras coisas culpados da morte de milhões de pessoas - não apenas por irresponsabilidade (mortes massivas causadas pela fome, por exemplo) mas também por despotismo (repressão). Mao Zedong é um desses assassinos muito admirados. Aconselha-se a leitura de Mao - A História Desconhecida, da autoria de Jung Chang (autora de Cisnes Selvagens) e de Jon Halliday (obra editada em Portugal pela Bertrand).


A Porta da Paz Celeste, decorada com um gigantesco retrato de Mao, era o acesso maior ao Palácio Imperial. A "Porta", que tem cinco passagens, foi o local da proclamação da República Popular da China em 1 de Outubro de 1949. À esquerda do retrato lê-se: "Viva a República Popular da China!"; à direita está escrito: "Viva a amizade entre os povos do mundo!".

0 comments

Pequim - Cidade Proibida (Palácio Imperial)

O que foi o Palácio Imperial durante 500 anos, para as dinastias Ming e Qing, é conhecido por "Cidade Proibida". É que, além de ser um enorme espaço de acesso interdito a quem não pertencesse ao círculo imperial e seus servidores, ou não fosse lá admitido por ter assuntos a tratar com esse círculo, era também um espaço de quase reclusão para os próprios imperadores e aspirantes a imperadores. De lá não saíam a não ser em caso de necessidade absoluta, como se fossem prisioneiros do seu próprio poder. (Não se é sempre prisioneiro do seu próprio poder? Aliás: não somos sempre prisioneiros do que nós próprios somos?)




Obras: tudo tem de estar novo em folha para os Jogos Olímpicos de 2008.




Pormenor do painel dos dragões em cerâmica.





Pormenor de uma enorme composição finamente esculpida em jade.


0 comments

Pequim - Palácio de Verão

O palácio onde a família imperial por vezes se refugiava dos sufocos estivais, situado a uns 15 quilómetros do centro de Pequim, é servido por um enorme lago artificial. Começou por ser basicamente um jardim imperial, mas no século XVIII o imperador Qianlong tratou da sua expansão e embelezamento.

Portal do Palácio de Verão (como lhe chamam os ocidentais, que não os chineses).


Durante a segunda guerra do ópio (1856-1860), as tropas anglo-francesas danificaram os edifícios do Palácio de Verão. Em 1888, a imperatriz Cixi (viúva do imperador) lançou a restauração, recorrendo aos fundos que estavam destinados à modernização da frota. Este navio em mármore foi, pois, o único contributo da imperatriz para a marinha!





O lago artificial Kunming ocupa 3/4 da área do conjunto do Palácio.




CLICAR AQUI PARA IR PARA O DIA SEGUINTE

0 comments