27 outubro 2006

"Artesãs"

Algures a caminho entre Pequim e Badaling, artesãos mostram-se a turistas.




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A Grande Muralha (sector de Badaling)

A Grande Muralha da China começou a ser construída há uns 2000 anos, sob a dinastia Qin, tomando como ponto de partida várias muralhas mais pequenas que tinham sido levantadas separadamente por vários reinos independentes. À unificação dos reinos pelo imperador Qin Shi Huang seguiu-se a unificação das respectivas muralhas. Participaram na construção original centenas de milhares de operários durante cerca de dez anos.

A Grande Muralha, se nem sempre protegia dos inimigos (que podiam corromper os defensores...), constituiu uma excelente via de comunicação: uma "estrada" que permite fazer circular homens, equipamento e informação com relativa facilidade em zonas montanhosas de difícil acesso.

Em Badaling encontra-se o sector da Grande Muralha mais extensamente recuperado, a 70 Kms de Pequim e a 1000 metros de altitude. Neste sector, a muralha mede 6 metros de largura e tem várias torres de controlo.


Há, por todo o lado, muitos turistas - mas, na sua esmagadora maioria, chineses que agora descobrem o seu país.

Máscaras.

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Brincar às revoluções no restaurante Jindian

Mao, Mao ... no restaurante Jindian. (Desculpem: perdi a referência do artista!)



Um "casaco à Mao", sem corpo dentro, do artista Sui Jianguo (obra exposta na envolvente do restaurante Jindian).

Sui Jianguo é um dos artistas mais destacados entre aqueles que experimentam até onde podem ser empurrados os limites à liberdade nesta China. A sua obra mais famosa é O Sono da Razão (como "O Sono da Razão Produz Monstros", de Francisco Goya, que se refere ao Terror na Revolução Francesa). Em O Sono da Razão, de Jianguo, vemos um Mao Tsé-tung estendido (como um Buda reclinado), com os olhos fechados, coberto com uma manta azul às flores, rodeado de exércitos (como os guerreiros de terracota à volta do túmulo do imperador). Mas os exércitos são 20.000 dinossauros em miniatura, nas mais diversas cores garridas, em manadas que se chocam entre si (como os chineses fizeram várias vezes sob a batuta do Grande Timoneiro).

Aspecto de uma das versão de O Sono da Razão, de Sui Jianguo.

(Foto de autor desconhecido.)

Outra das provocações conhecidas de Sui Jianguo é um dinossauro vermelho com a inscrição "Made in China": como os brinquedos chineses baratos vendidos em todo o mundo; como os "dinossauros" do Partido; como a espécie animal há muito extinta na natureza...

Uma versão de Made in China, de Sui Jianguo.

(Foto de autor desconhecido.)

Sin Jianguo é um dos artistas da "fábrica 798": uma antiga fábrica de armamento construída nos arredores de Pequim pela antiga Alemanha de Leste para os camaradas chineses, ocupada por criadores culturais entre o alternativo e o chique.

(Informação recolhida no capítulo XLII do livro de Federico Rampini, O Século Chinês, de 2005, publicado em português pela Editorial Presença em 2006)

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Pequim - Lamastério


Entrada para o lamastério.


O Templo dos Lamas, o templo do budismo tibetano mais importante fora do Tibete, foi antes residência oficial do nobre que viria a ser o imperador Yong Zheng. Foi transformado em lamastério em 1744. As estruturas do budismo tibetano fizeram em tempos um acordo com o Império: as provas a que os putativos Dalai Lama têm de ser submetidos para confirmar a sua condição seriam prestadas, não apenas no Tibete, mas também, parte delas, neste templo. Entre os argumentos formais que o governo da China usa para não reconhecer o actual Dalai Lama está o facto de ele não ter prestado essas provas neste lugar.











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